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Enfermagem faz paralização por 24 horas e pode entrar em greve caso piso salarial não seja pago

Por Jornal Acontece / Da redadção

Os profissionais da enfermagem, em Brasília de Minas, vão aderir à paralisação nacional da categoria, por 24 horas. O protesto, que acontece nesta terça-feira (14), é para chamar a atenção das autoridades de todo o país sobre o pagamento do piso salarial da classe. Há anos lutando pela remuneração adequada, os profissionais já conseguiram avanços, mas alguns entraves na esfera federal vem impedindo classe de receber os valores que têm direito.


Apesar de o piso nacional de salário da enfermagem já ser lei e também já estar garantido na Constituição Federal, os trabalhadores ainda não tem o pagamento nos seus contracheques. O pagamento foi suspenso pelo STF, através de uma liminar no dia 04 de setembro, por 60 dias. Essa suspensão encerraria no dia 4 de novembro, depois que o congresso nacional informasse de onde viriam os recursos para o custeio do piso. Mesmo depois que os projetos e emendas foram aprovados, atendendo as exigências da liminar, o pagamento ainda não saiu do papel. Diante de tudo isso as entidades representante da classe resolveram convocar a categoria para se manifestar, com a paralisação de 24 horas. Caso o pagamento não seja autorizado, já ficou decidido que haverá greve geral da enfermagem em março.


Em Brasília de Minas, SINDSERV - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais - foi procurado pelos profissionais da enfermagem dos municípios de abrangência do sindicato, solicitando ajuda e a diretoria resolveu por apoiar o movimento, organizando a paralisação, dando suporte administrativo e jurídico. O SINDSERV atende hoje, além de Brasília de Minas, os municípios de Campo Azul, Icaraí de Minas, Japonvar e Ubai.


A presidente da instituição, Maria Geralda Ribeiro Lima, afirmou que já está certo que, se o piso salarial da enfermagem não for autorizado neste mês, haverá greve geral da categoria a partir do dia 10 de março.


"Os salário dos profissionais da enfermagem estão muito defasados, chegando a ser menor do que o que recebe um profissional de nível fundamental. Um enfermeiro de nível superior quando fez o concurso, recebia 5 salários mínimos, hoje recebe menos de 2 salários mínimos. É realmente um descaso com a enfermagem" frisa a diretoria do SINDSERV.


Segundo o sindicato, os prefeitos alegam que se for pagar o piso da enfermagem, a saúde entra em colapso, mas isso não é porque o piso salarial da enfermagem é muito. A verdade é porque, pagam tão pouco que mesmo o governo federal fazendo a complementação, as prefeituras não querem pagar, querem que o governo federal arque com tudo.


O sindicato disse que o pagamento do piso, não aumenta despesas dos municípios. Na verdade, os municípios já tem os profissionais e não vai fazer contratação de funcionários, apenas vão complementar os valores que já pagam.


A paralização de amanhã vai acontecer em todos os municípios de abrangência do SINDSERV: Em Brasília de Minas: 7:00 - Concentração em frente ao laboratório do Hospital Senhora Santana, de onde sairão em passeata pelas principais ruas da cidade. Também haverá concentração as 17:00 no mesmo local. Nos outros municípios haverá concentração na frente da unidade mista de saúde às 7:00 da manhã, de onde sairão em passeata pelas ruas da cidade.


O funcionamento das repartições de saúde, será reduzido a 30% nos setores, onde atendem urgência e emergência. Nos postos de saúde e PSFs, não haverá atendimento da enfermagem.


O Sindicato disse que estará dando suporte aos profissionais da enfermagem, durante a paralização, organizando e cuidando para o cumprimento da legislação vigente, com assessoria jurídica de plantão.


A direção do sindicato ressaltou à reportagem que que o mesmo não convoca greve, e sim apoia a decisão dos servidores. A instituição enfatiza que que quem decidiu pela paralisação foram os Conselhos da Enfermagem, COREN e COFEN e as entidades representes da categoria nas negociações junto ao Ministério da Saúde e Governo Federal.

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