Nesta terça-feira (16/05) foi comemorado em Brasília de Minas o dia da Luta Antimanicomial. As atividades realizadas na cidade anteciparam as comemorações que vão acontecer em todo o Brasil no dia 18 de maio que é Dia Nacional da Luta Antimanicomial e foi instituído após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial.
Em Brasília de Minas teve uma passeata que percorreu as principais ruas e logo em seguida, na praça de esportes, aconteceram diversas atividades de entretenimento e informações acerca das questões de saúde mental, principalmente sobre os trabalhos que são desenvolvidos nos CAPS I e AD III.
Segundo Edineia Cangussu, coordenadora municipal de saúde mental, as atitudes tomadas após a criação desse movimento têm sido de fundamental importância para a quebra de preconceitos.
“Hoje a gente está quebrando esse grande preconceito que existe em relação ao paciente que tem transtorno mental ou é dependente químico. Esse momento aqui é de suma importância para a recuperação desse paciente e também para a reinserção desse paciente na sociedade”, disse.
De acordo com a psicóloga Talita Janine, o apoio familiar é importantíssimo para que os objetivos dos profissionais que lidam as questões de saúde mental sejam atingidos.
“No CAPS nós trabalhamos com reinserção social e a família é o primeiro elo do paciente com a sociedade. Se a família ajuda no processo terapêutico do paciente, ajuda no tratamento e no processo de ressocialização, com certeza vai surtir efeito e a gente vai atingir os nossos objetivos”, ressalta.