Foi sepultado, na noite desta quarta-feira, no cemitério municipal de Mirabela, Norte de Minas, o corpo do menino Bento Gabriel Guimarães, de 3 anos. Ele morreu depois de ser picado por um escorpião, na noite de terça-feira, na garagem da casa de sua família.
A criança recebeu os primeiros cuidados no Hospital Municipal de Mirabela. Logo em seguida, foi transferida para o Hospital Universitário Clemente de Faria, de Montes Claros, referência para o atendimento a vítimas de animais peçonhentos na região, onde chegou consciente. O quadro se agravou e menino morreu às 3h40 de quarta-feira. O sepultamento ocorreu sob clima de muita comoção e com grande acompanhamento.
Conforme o sargento da Polícia Militar Wander Guimarães, tio da vítima, o menino brincava com uma prima, de quatro anos, na garagem da casa da família, em Mirabela, na noite de terça-feira. A mãe do menino, a professora Helena Valéria Veloso, preparava a janta. O garoto apanhou uma caixa de brinquedo, que foi virada no chão. O escorpião estava no meio dos brinquedos e picou a criança no dedão do pé direito. O fato ocorreu às 19h45.
Imediatamente, Bento foi socorrido e levado para o Hospital Municipal São Sebastião, em Mirabela, onde recebeu cinco frascos de soro antiofídico. Logo em seguida, foi levado para Montes Claros e deu entrada no Hospital Universitário Clemente de Faria às 21h30.
De acordo com a assessoria do hospital de Montes Claros, o médico que atendeu a criança relatou que a vítima entrou na unidade consciente e recebeu mais dois fracos de soro. Parentes do garoto informaram que ele estava aparentemente bem até por volta das 3h, quando o quadro se agravou. A morte foi provocada por uma parada cardiorrespiratória, informou o hospital. Como a vítima recebeu todos os cuidados e a medicação indicada, o caso foi considerado como uma “fatalidade” pelos médicos, embora os efeitos das picadas de escorpiões em crianças e idosos sejam mais graves.
Ainda conforme a unidade de referência, no ano de 2015 foram atendidos 1.003 casos de picadas de escorpiões no HUCF. De janeiro até julho deste ano, o número de vítimas atendidas no hospital por foi de 703; no mesmo período do ano passado foram registrados 653 casos.