Cientistas da Austrália estão propondo provocar uma "superinfecção" do Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede os mosquitos de transmitir o vírus da dengue, da chikungunya e possivelmente da zika. A bactéria infecta de maneira natural muitas espécies de insetos, mas não o Aedes aegypti. Ao introduzir a bactéria em um mosquito, ela é capaz de bloquear a replicação do vírus. Por isso, este método poderia reduzir o número de infecções de humanos e levar à eliminação local do problema.
Mas um dos temores dos especialistas é que os vírus sofram mutações e desenvolvam resistência à bactéria e possam ser transmitidos inclusive em mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia. Segundo os pesquisadores, a estratégia para se evitar isso seria provocar uma "superinfecção" ao injetar nova cepa bacteriana em mosquitos que já têm uma.
Ontem, o papa Francisco admitiu que, em meio ao surto do vírus da zika no mundo, mulheres poderiam recorrer ao uso de contraceptivos, como a pílula. O papa deixou claro que existe diferença moral entre abortar e prevenir gravidez. O pontífice afirmou que "o aborto não é um mal menor: é um crime. É eliminar um para salvar o outro. É o que faz a máfia", disse.