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Edite de Jesus

Especialista em psicopedagogia clínica e institucional e neurociência.

Email: editejesus@yahoo.com.br 

ADAPTAÇÃO ESCOLAR

 

Aproximamos do inicio do ano letivo, muitas famílias viverão esse momento permeado de sentimentos dúbios, de um lado o contentamento de ver que o seu bebê/criança está crescendo e ingressará pela primeira vez em um ambiente formal de aprendizagem, a escola. Por outro lado, para muitos familiares, especialmente mães, é um momento de muita dor e insegurança por ter que deixar durante algumas horas a sua criança longe do alcance dos olhos. Não existe um manual para ser pai ou mãe, assim como não existe uma receita pronta para viver esse momento da melhor maneira possível.                   

 

Algumas dicas são importantes como: incentivar a criança, porém sem fantasiar demais acerca do ambiente, tudo precisa ser dosado para diminuir as probabilidades de frustrações e ao mesmo tempo não gerar ansiedade ou insegurança. Deve ser excluída qualquer proposta de recompensa para a criança ficar na escola, pois é importante que a mesma descubra o prazer de estar naquele ambiente. Ao se despedir tentar dosar carinho e firmeza. Não se pode passar a ideia de que está empolgado em ficar longe do filho, pois isso pode gerar a sensação de abandono, porém, deve-se evitar transmitir os receios, porque a criança poderá, também, desenvolver algum tipo de  insegurança. Muitas vezes é necessário ocorrer uma mudança de rotina em casa para se ajustar a nova realidade da criança, como horários de sono e alimentação.                                                                                                                                 

 

É comum algumas crianças chorarem para não ficar na escola, mas também ocorre o inverso, algumas crianças adentram o ambiente da escola felizes enquanto, as mães, vão embora aos prantos. Alguns familiares até mesmo insistem em permanecer no ambiente da escola. É compreensível que, especialmente para mães, não seja algo simples ficar longe dos filhos, não queremos com essas pontuações, emitir juízo de valor acerca de condutas, mas é importante fortalecer o vínculo com a escola, permitindo que essa transição ocorra o menos traumático possível, para família e aluno. Evitando possíveis, futuros reflexos negativos, no processo de aprendizagem.                        

 

Pode ocorrer casos muito específicos de dificuldades nesse processo de adaptação, pela condição psicoafetiva ou outras questões clínicas da criança, para esses casos é importante a sistematização de um planejamento que respeite, sobretudo a condição da criança e quando necessário buscar ajuda direta de um profissional da área da psicologia, psicopedagogia ou profissionais multidisciplinares, segundo a realidade caso a caso.                                             

 

É importante lembrar que esse é o primeiro passo rumo à construção de saberes que farão com que cada criança desenvolva seu potencial e habilidades. Essa fase poderá ser crucial na sua história e nos rumos da sua trajetória pessoal.

 

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